Brasil, o “jeitinho” de um suposto país.

O Brasil virou o país do “suposto”. O presidente não espera o fim da obra para fazer a festa. Inaugura o lançamento de projetos, foi assim com o Fome Zero, com o PAC e tem tudo para acontecer o mesmo com o da habitação. Propaganda pesada, discursos com pérolas uma enxurrada de notícias e depois de algum tempo, quando as pessoas lembram que algo não deu certo lança-se um novo projeto.

Os suspeitos viraram supostos. O maior escândalo de corrupção do país foi revelado e o vocabulário nacional ganhou mais alguns termos. O mensalão virou o “suposto repasse de verba pública para compra de votos de parlamentares”. O caixa 2 que possibilitava a transferência de recursos foi batizado por Delúbio Soares como “dinheiro não contabilizado”.
Em tempos de novas palavras até o PCC virou “a quadrilha que age dentro e fora dos presídios do estado de São Paulo”. O repórter tem pouco tempo para dar a notícia e não pode simplesmente falar esta foi mais uma ação do PCC tem que dizer: “este foi mais um ataque da quadrilha que age dentro e fora dos presídios do estado de São Paulo”.
A justiça rastreou a grana que Maluf surrupiou dos cofres da Prefeitura de São Paulo e o que foi noticiado: que o suposto dinheiro desviado e depositado em supostas contas em paraísos ficais está voltado.

O problema do Brasil é o “jeitinho brasileiro” alardeado como algo positivo o “jeitinho” institucionalizou a propina, criou um povo mal educado. Dar um “jeitinho” é remendar e remendar não é resolver. Brasileiro não resolve, dá um “jeitinho”.

Organizamos os jogos Pan americanos gastando bilhões sem deixar nenhum legado ao Rio de Janeiro. Os dirigentes ao invés de enfiar o rabinho entre as pernas e pedir desculpas povo resolveram saquear o tesouro nacional solicitando verba para a candidatura do Rio aos jogos olímpicos de 2016. Talvez tenham esquecido que gastaram mais de 12 vezes (4 bilhões de reais) que o previsto (350 milhões de reais) do dinheiro de um país que tem grande parcela da população vivendo abaixo da linha da pobreza.

Lula se reelegeu no ápice do escândalo tirando a contrapartida, mudando o nome do Bolsa Escola para Bolsa Família e implantando o maior programa oficial de compra de votos do mundo. O projeto não capacita, não incentiva os estudos é uma transferência de renda pura e simples, algo que vai explodir a já combalida previdência nacional.
E você tem orgulho de ser brasileiro?