Por O Globo - Gerson Camarotti
A pesquisa Datafolha divulgada ontem, que mostra uma diferença de sete pontos percentuais entre a candidata petista, Dilma Rousseff, e o tucano José Serra foi recebida como um sinal de alerta no Palácio do Planalto.
Isso porque a distância entre os dois presidenciáveis já está longe da zona de conforto para os petistas. De forma reservada, a cúpula da campanha petista reconheceu que é preciso entender alguns recados dos números.
Chamou atenção o fato de Serra ter herdado a maior parte dos votos da candidata derrotada do PV, Marina Silva.
Além disso, a pesquisa apontou uma queda de cinco pontos percentuais na diferença entre Dilma e o tucano no segundo turno, em comparação com a simulação anterior feita pelo Datafolha.
Outra preocupação entre integrantes da campanha foi o empate e até mesmo ligeira vantagem de Serra nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste.
Mesmo assim, foi recebida com alívio a manutenção da grande vantagem de Dilma no Nordeste e entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos e com ensino fundamental.
Segundo um coordenador da campanha, isso garante uma espécie de "colchão de votos" para compensar o crescimento de Serra em outras regiões. O temor na cúpula petista é que essa mudança no voto do chamado formador de opinião possa contaminar a eleição nas próximas três semanas.
A campanha de Dilma considera esta semana fundamental. Depois de uma primeira semana de agenda negativa, com forte abatimento por causa do resultado do primeiro turno e com a polêmica sobre o aborto, a expectativa é de que Dilma reverta o quadro.
Fonte: O Globo
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