Miriam Leitão, O Globo
Um, dois, três... sete. Da foto tirada no primeiro dia do ano, do ministério da presidente Dilma Rousseff, já caíram sete. Só um ministro saiu por outro motivo que não as denúncias de escândalos e “malfeitos”.
Essa foi uma das boas surpresas com a presidente. Ela não assumiu a palavra “faxina”, mas o termo se popularizou. O primeiro ano de governo tem mais altos do que baixos.
Nenhuma cachoeira por mais água que tenha — nem mesmo a caudalosa Sete Quedas se ainda existisse — seria capaz de lavar a corrupção no Brasil. Nenhum governante sozinho vai resolver o problema. Não há salvadoras da pátria. Por isso é preciso, primeiro, fortalecer as instituições.
Como em qualquer grande tarefa há idas e vindas, avanços e retrocessos, gestos que parecem redentores, mas que são apenas pequenas mudanças para manter tudo como está.
As quedas dos ministros podem ser o começo do fim da piora. Se parar de piorar já terá sido um grande passo. Mas a corrupção vai além do Governo Federal, ehttp://www.blogger.com/img/blank.gifspalha-se pelos poderes, por diversos níveis federativos, contamina as empresas e as relações privadas. A corrupção é cada vez mais disseminada no Brasil.
A boa novidade foi ver a presidente reagindo quando os fatos se acumularam de forma ostensiva, em vez de tratar cada denúncia como parte de uma conspiração contra seu governo.
Nesse primeiro ano de mandato, Dilma foi uma governante mais do esforço de gabinete do que das acrobacias de palanque. Falou pouco, mas passou recados importantes através dos jornalistas que escolheu ou dos pronunciamentos que fez.
Essa forma de comunicação deu uma marca bem diferente ao seu governo do que a que o país estava acostumado nos oito anos anteriores.
Leia a íntegra em Sete quedas
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