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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nova classe média será decisiva nas eleições de 2014

Gabriela Carvalho, 26 anos, não esconde o orgulho quando se lembra das conquistas pessoais. Filha de um porteiro e de uma manicure — ambos migrantes cearenses —, estudou a vida inteira no ensino público até cursar uma faculdade de jornalismo particular, concluída graças ao Programa de Financiamento Estudantil (Fies). Em relação aos pais, teve oportunidade de estudar mais, de conquistar acesso amplo a informações e transformou-se na formadora de opinião da família. Ela integra a nova classe média brasileira, composta por famílias com renda mensal domiciliar total entre R$ 1.064 e R$ 4.561. Em 2014, o grupo que envolve a jornalista e outros 29,4 milhões de jovens entre 18 e 34 anos da classe C será maior que o total de eleitores das classes A e B juntas (23,7 milhões).



Esse dados fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Data Popular e que será apresentada, em 8 de agosto, na capital federal, no seminário Políticas Públicas para uma Nova Classe Média, idealizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). O governo tem uma preocupação social com essa fatia da população, principalmente para não haver retrocesso econômico na vida dela. Isso, claro, poderia trazer um prejuízo eleitoral enorme.



É de praxe que a classe média seja o fiel da balança nas eleições de vários países. No Brasil, porém, isso é diferente. A classe C tem a maioria absoluta. Em 2010, essa fatia correspondia a 52% dos eleitores. Em 2014, a porcentagem será ainda maior: 57%. Isso significa que os 71,25 milhões de brasileiros da classe C podem decidir sozinhos o próximo presidente do país e toda a configuração do Congresso.



Outro dado contido na pesquisa deve ser fundamental para um bom resultado do governo nas urnas. Daqui a quatro anos, quando, provavelmente, a presidente Dilma Rousseff estará tentando a reeleição para a Presidência da República, cerca de 80% dos eleitores da classe C se lembrarão do início da melhoria da distribuição de renda no período da gestão do PT. Por outro lado, quase 50% desses eleitores terão recordações efetivas do período inflacionário.


A pesquisa do Data Popular foi elaborada a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), por levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), além da Pesquisa de Orçamento Familiar de 2009. Foram ouvidos 5 mil brasileiros da nova classe média com idades entre 18 e 69 anos no primeiro trimestre deste ano.

informações do Correio Braziliense

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