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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Wilma admite perder todas as pesquisas para o Senado

Candidata do PSB quer reeditar campanha de 2006, na qual perdeu nos levantamentos de intenção de voto, mas venceu nas urnas.


A candidata do PSB ao Senado, Wilma de Faria, admitiu que irá perder todas as pesquisas de intenção de voto para os senadores Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José Agripino Maia (DEM), que trabalham o voto casado.

No entanto, a peessebista confia que será possível reeditar a campanha eleitoral de 2006, na qual perdia para Garibaldi nos levantamentos, mas ganhou o Governo do Rio Grande do Norte nas urnas (com 824,101 mil votos).


“Com a ajuda do povo – que tem sido muito generoso e justo comigo – sempre tenho saído vitoriosa em minhas lutas. Não vai ser diferente agora. Vou perder todas as pesquisas e vencer a eleição”, declarou Wilma, que neste sábado (11) continuou em terceiro lugar na pesquisa Ibope para o Senado, com 35% das intenções de voto.

Pelo resultado, Wilma estaria fora do Congresso Nacional. Situação incômoda para uma “guerreira”, que está cautelosa. Na entrevista que concedeu ao portal Nominuto.com, Wilma economizou nas palavras e evitou o confronto com os adversários.

A candidata esquivou-se na hora de expressar sua opinião sobre a postura do senador Garibaldi, que no plano nacional apoia o Governo do presidente Lula (PT), mas no Estado pede voto para a candidata do DEM, Rosalba Ciarlini, que faz oposição ao presidente.

Com frases curtas, a ex-governadora, ao responder sobre a falta de investimentos no Estado, disse apenas que sua gestão não foi omissa na hora de buscar os recursos, as obras de infraestrutura.

“Quem exerce cargos políticos sempre por julgamento popular, não pode ser acusada de omissão”, disse, numa referência a Agripino, que foi prefeito de Natal por indicação (1979-1982, Ditadura Militar).

Esses e outros assuntos você confere na íntegra da entrevista que Wilma de Faria concedeu ao Nominuto.com. Acompanhe:
Nominuto.com - Por que quer ser senadora?
Wilma de Faria - Quero ser senadora para defender os interesses de todos os norte-rio-grandenses e para ampliar, ainda mais, a parceria do PSB com o PT, o partido de Dilma [Rousseff], como fiz no Governo do presidente Lula. Quero defender e ampliar os programas sociais que hoje garantem ao Brasil um desenvolvimento mais justo. O Brasil vive uma verdadeira revolução social e tem sido um exemplo para o mundo com o maior programa contra a fome que ao longo de cinco séculos parecia invencível. Quero ser senadora do Rio Grande do Norte para trabalhar – e trabalhar muito – pelo desenvolvimento socioeconômico do Estado. Toda a minha capacidade de trabalho – que demonstrei como deputada constituinte, prefeita de Natal e governadora – estará voltada para desempenhar um grande trabalho em favor do desenvolvimento do Estado e do Brasil.

Nominuto.com - Caso seja eleita, qual será a principal defesa no Senado Federal?
WF - Defendo, com urgência, as reformas política e fiscal, além da atualização do sistema de saúde pública do Brasil. Nosso país vive hoje um novo tempo de desenvolvimento, e essas áreas precisam acompanhar as evoluções sociais e econômicas ocorridas nos últimos oito anos. Também vou atuar na área social e na defesa dos trabalhadores, assim como ocorreu em meu mandato como deputada constituinte. O papel de uma senadora é lutar pelas grandes causas sociais para transformar a riqueza do Brasil num patrimônio a serviço de todos. Também defenderei que temas como a violência, saúde e educação não sejam responsabilidade apenas de quem está no Executivo, como ocorre hoje. O Congresso Nacional precisa assumir a responsabilidade de - junto com União, Estados e municípios - buscar soluções que possam melhorar esses serviços para a população mais carente. O Brasil precisa de senadores comprometidos com o avanço social e econômico do país. É muito cômodo ficar apenas no discurso. Como senadora, quero ser cobrada por ações que efetivamente vão melhorar a vida das pessoas, não apenas por pronunciamentos bem lidos na tribuna do Senado.
Nominuto.com - A senhora aparece em terceiro lugar em todas as pesquisas de
intenção de voto, enquanto os senadores Garibaldi Alves (PMDB) e José Agripino (DEM) lideram os levantamentos e, se a eleição fosse hoje, estariam eleitos. O voto casado Gari-Jajá dificulta a modificação desse cenário? Estamos a menos de um mês das eleições, o que fará para reverter a situação?
WF - Com a ajuda do povo – que tem sido muito generoso e justo comigo – sempre tenho saído vitoriosa em minhas lutas. Não vai ser diferente agora. Vou perder todas as pesquisas e vencer a eleição.

Nominuto.com - O que acha da postura do senador Garibaldi, que assim como a senhora tem o apoio de Dilma Rousseff (PT), mas diferente da senhora apoia a candidata do DEM, Rosalba Ciarlini, adversária do Governo Lula (PT)?
Posso falar sobre minha postura. Sou parceira e amiga do presidente Lula há muito tempo. Fui colega dele na Constituinte, lutamos juntos pelas causas dos trabalhadores, pelas causas sociais. Sempre votei nele. Fomos eleitos juntos, em 2002, e nos últimos anos mantivemos uma parceria que transformou os indicadores socioeconômicos do Rio Grande do Norte. Graças a esse trabalho, somos o Estado com menor número de pessoas abaixo da linha de pobreza, temos a melhor renda domiciliar da região, nossas riquezas crescem acima dos índices regionais, somos o segundo Estado do Nordeste com melhor infraestrutura. Enfim, são muitos os avanços conquistados pela parceria que mantivemos com o presidente Lula. É por tudo isso que somos parceiros em Brasília e aqui no Rio Grande do Norte. E continuaremos aliados nos próximos anos, quando eu estiver no Senado, ajudando o Governo da nossa presidente Dilma.

Nominuto.com - Em entrevista ao Nominuto, no domingo (5), José Agripino disse que era "incoerente" e "injusto" dizer que a bancada potiguar no Senado foi omissa em qualquer momento de luta pelo desenvolvimento do nosso Estado. O senador concluiu que “se a omissão existiu, não foi do nosso lado”. O Governo Wilma foi omisso?
WF - Todos os cargos políticos que exerci em minha vida pública, sempre os fiz pelo julgamento popular. E quem exerce cargos políticos sempre por julgamento popular, não pode ser acusada de omissão.

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