Procedimento foi aberto a pedido da própria ministra. Há suspeitas de que o filho dela esteja envolvido com tráfico de influências.
Procedimento foi aberto a pedido da própria ministra.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República já indicou um relator para investigar a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. O escolhido foi o advogado Fábio de Sousa Coutinho, que terá prazo de dez dias para relatar procedimento preliminar.
Ao longo deste período, Coutinho vai avaliar o caso e, se for constatado falta de ética, ele recomendará a abertura de apuratório ético, para ver a questão mais a fundo. Caso contrário, a decisão será pelo arquivamento do procedimento.
Para dar maior credibilidade e celeridade ao processo, a ministra Erenice Guerra abriu mão de seus sigilos bancário, telefônico e fiscal, bem como o de seu filho, Israel Guerra. Além disso, a investigação foi iniciada a pedido da própria ministra, que encaminhou ofício à Comissão de Ética ainda nesta segunda-feira (13).
Ela pedia, por meio do documento, a imediata instauração de procedimento para apurar sua participação quanto à quebra de sigilo e, mais especificamente, a matéria veiculada na revista Veja. Na publicação consta que Erenice e o filho estariam envolvidos em esquema de tráfico de influência na Casa Civil.
Segundo informações da reportagem, o empresário Fábio Bacaract, dono da empresa de transporte aéreo Via Net, se reunia com a ministra e Israel com o objetivo de fechar contrato de prestação de serviços entre a Via Net e os Correios. De acordo com a Veja, teria sido cobrada propina de 6% para fechamento de contrato. Esta quantia seria utilizada para saldar “compromissos políticos”.
Antes de assumir o cargo como ministra da Casa Civil, Erenice Guerra foi o braço direito da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.
Dado o período eleitoral, o suposto tráfico de influências foi comentado pelo presidenciável pelo PSDB, José Serra, durante seu programa eleitoral na TV. Ele também questionou a candidata petista acerca do caso envolvendo Erenice durante debate promovido no domingo pela RedeTV! e pel'A Folha de São Paulo.
Na ocasião, Dilma limitou-se a dizer que não poderia responder pelos atos do filho de uma de suas companheiras na Casa Civil, mas cobrou apuração dos fatos.
Aqui no Rio Grande do Norte, a deputada federal Fátima Bezerra (PT) também comentou sobre o tema em entrevista ao jornalista Diógenes Dantas para o Jornal 96, da 96FM. Como coordenadora da campanha lulista no estado, Fátima estima que o caso não vá atrapalhar a candidatura da ex-ministra, que lidera as pesquisas de intenção de voto
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