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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Wilma acusa senadores de não lutarem pelo Estado

"Os senadores não trabalharam na tribuna mais importante do Congresso Nacional para lutar pelos benefícios que o Rio Grande do Norte tanto precisava". A afirmação em tom de crítica foi feita ontem pela candidata ao Senado da República, ex-governadora Wilma de Faria (PSB), ao ser entrevistada pelo jornalista Diógenes Dantas no Jornal da 96 (96 FM - Natal). A postulante socialista evitou mencionar nomes dos três senadores do Estado, mas considerou a atuação dos parlamentares como sendo pífia.
Ela considera o Senado da República importante para um Estado pequeno como é o caso do Rio Grande do Norte, onde a representatividade na Casa se equipara aos dos grandes Estados brasileiros. "O governador de São Paulo é tão importante quanto o governador de São Paulo, mas não administram os mesmos orçamentos, o que é diferente do Senado da República, onde o Rio Grande do Norte tem três senadores e São Paulo também tem o mesmo número de representantes. Então, ele é muito importante para trazer obras importantes e estruturantes", declarou.
Em relação a sua ação como senadora da República, caso seja eleita no pleito de 3 de outubro, Wilma de Faria explicou que o mandato será pautado nas discussões com os segmentos organizados do Rio Grande do Norte. A ex-governadora do Estado se comprometeu em prestar contas de maneira permanente do seu mandato no Congresso Nacional. "O Senado é sempre um local onde você se elege por oito anos e se esquece de prestar contas à população. Não adianta você ter uma boa performance, sob o ponto de vista de se fazer um discurso ou uma intervenção, você tem obrigação de mostrar ação parlamentar", pontuou Wilma de Faria.
A candidata do PSB declarou que, caso eleita, pretende debater assuntos de interesse nacional como a Reforma Tributária de maneira equilibrada no sentido de beneficiar os municípios e Estados brasileiros. Wilma de Faria disse que pretende discutir as exportações e também a polêmica Lei Kandir. De acordo com a candidata, os Estados exportadores devem ter um fundo amparado pela União. Ela assinala que atualmente os Estados são obrigados a se responsabilizarem por esse fundo. "Principalmente esses Estados da região Nordeste e os insumos dessas empresas do agronegócio, onde nós somos muito fortes, são adquiridos em São Paulo, ele se credita e é pago no Rio Grande do Norte. Nós temos que definir a questão de investimentos, porque assim nós teremos condições de atrair novos investidores para o nosso Estado", detalhou a ex-governadora do Estado.
Sobre o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, a ex-governadora lembrou que, ao assumir o Governo do Estado em 2003, as obras estavam paralisadas e coube a sua gestão dar andamento. Ela informou que o Governo Federal foi responsável pela construção da pista de pouso. De acordo com a ex-governadora, o terminal de embarque e desembarque de passageiros será construído através de uma Parceria Público-Privada (PPP).
A presidente do PSB no Rio Grande do Norte também pretende trabalhar em torno das discussões a respeito da Reforma Política. Wilma de Faria mencionou o caso do financiamento público de campanha, se colocando como uma defensora da iniciativa, por entender que a proposta tende a dar tratamento equilibrado para os postulantes a cargos eletivos no Brasil. A candidata ao Senado da República também defendeu o voto distrital misto no Brasil. "A Reforma Política é fundamental para o país. Não tem sentido essa insegurança jurídica que nós temos hoje", disse Wilma de Faria, condenando a omissão dos parlamentares brasileiros em relação à questão da infidelidade partidária que só está em vigência no Brasil por conta de ação do Tribunal Superior Eleitoral, que agiu em detrimento aos parlamentares.


TRE confirma candidatura de Wilma

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte aprovou, por unanimidade (seis votos à zero), o pedido de registro de Wilma de Faria (PSB) para o Senado Federal. "Essa decisão demonstra a lisura e a legitimidade do processo democrático", definiu o assessor jurídico da Coligação Vitória do Povo, Erick Pereira.
Pela decisão, os juízes foram contrários à posição do Ministério Público Federal (MPF) que, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), havia pedido a impugnação da candidatura de Wilma de Faria. O argumento do Ministério Público Eleitoral foi negado e a líder estadual do PSB é, oficialmente, candidata a uma vaga no Senado Federal.
Os suplentes Terceiro Melo (PSB) e Luís Cláudio Chope (PSB) também tiveram os registros aprovados pelo TRE. Agora, todos estão legalmente aptos para continuar na disputa eleitoral.
Fontr: Gazeta do Oeste

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