Nos últimos dias, a deputada federal Fátima Bezerra (PT) se destacou, entre os membros da bancada do Rio Grande do Norte, como defensora da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Privataria, que visa investigar denúncias feitas pelo jornalista Amaury Júnior, publicadas em livro de igual nome.
O problema é que a parlamentar não tem demonstrado o mesmo empenho no pedido de investigações quando o objeto da denúncia é o governo do PT. A deputada foi contra as CPI’s criadas para investigar o governo do ex-presidente Lula (PT) e não assinou o pedido de instalação da CPI da Corrupção, que visa investigar os escândalos do governo Dilma Rousseff (PT).
A coerência da parlamentar do PT é colocada em xeque a partir do momento em que ela usa dois pesos e duas medidas, na hora de assinar pedidos de investigação. Se a deputada quisesse mesmo investigar corrupção, não pensaria duas vezes antes de assinar CPI’s para investigar seu próprio partido. Ao que parece, o interesse é outro.
Só acredito que um parlamentar está realmente interessado na apuração dos fatos, quando este assinar um pedido de investigação do governo do seu próprio partido ou de um aliado. Fazer jogo de cena com pedido de investigação é uma tática velha na política. CPI do governo dos outros é refresco.
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