São conhecidos os temores, as desconfianças e as insatisfações do PMDB em relação ao PT. Mas a recíproca, embora mais silenciosa, também é verdadeira.
Se os pemedebistas acham que os petistas lhe aprontam uma emboscada para em 2012 tentarem tirar o partido do maior número possível de prefeituras de forma a alterar a correlação de forças no País e, mais adiante, em 2014, romper a aliança e de vice, os petistas consideram que perdem terreno para o parceiro preferencial no Congresso.
“O PMDB fala mais alto”, é a constatação.
O panorama é visto a partir da Esplanada dos Ministérios e mostra um PT subalterno ao PMDB tanto na Câmara como no Senado. A ideia, até como preparativo para a briga de 2012, é que os petistas comecem para valer a disputar espaço dentro do Parlamento de forma a influenciar os outros partidos da coalizão.
Por essa análise, o PT não conseguiu assumir um papel relevante no Legislativo, deixando a tarefa ao PMDB, cujo líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves, é visto com certa inveja. Na concepção petista, ele consegue impor uma agenda, coisa que o partido que detém a Presidência da República, a presidência da Câmara e 18 ministérios não faz.
Por Dora Kramer
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