Depois de inchar a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o ministro da Agricultura, Wagner Rossi (foto), transferiu para seu gabinete funcionários contratados sem concurso e até hoje remunerados pela principal estatal do setor agrícola.
Antes de assumir a pasta, Rossi dirigiu a companhia de junho de 2007 a março de 2010. Em sua gestão, ele mais do que quadruplicou o número de cargos de confiança na empresa. Ao sair de lá, levou pelo menos sete funcionários para seu gabinete.
Esses servidores continuam recebendo salários da Conab e deixaram acéfalos seus postos na empresa. Entre eles há funcionários que ocupavam cargos de chefia na Conab, como as gerentes de eventos e de acompanhamento de programas.
A assessoria de Rossi justificou os empréstimos dizendo que o ministro “trouxe profissionais graduados que trabalharam com ele na Conab para auxiliá-lo”, mas não fez comentários sobre o impacto que a transferência teve na atuação da Conab.
Responsável pela organização do mercado agrícola e do abastecimento de comida no país, a Conab virou nos últimos anos um cabide de emprego para afilhados políticos e parentes de caciques do PMDB, o partido de Rossi.
Do Ricardo Noblat
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