Deu em Ancelmo Gois
Um comercial da Bradesco Seguros com Byafra faz sucesso na TV e nas redes sociais. O cantor, ponto para ele, ri de si mesmo.
É assim: um ladrão furta um carro com o artista dentro. Na fuga, Byafra começa a cantar “Sonho de Ícaro” (“Voar, voar/Subir, subir...”).
O gatuno não aguenta a “música horrível” e desiste do roubo.
A coluna perguntou a um grupo seleto:
“Quem você não aguentaria ouvir por cinco minutos?”
Byafra, nosso herói: “Eu não aguentaria ouvir Lady Gaga. Acho o estilo dela falso e marqueteiro, é um subproduto da Madonna.”
Antônio Torres, escritor: “Todos os dias agradeço aos céus por termos agora uma presidente da República parcimoniosa em suas falas. Isto, depois de dois chefes da nação loquazes, que pareciam, o tempo todo, encantados com suas próprias vozes, não deixa de ser uma bênção.”
Daniel Filho, diretor: “Discurso de Collor, prometendo acabar com marajás.”
Nelson Motta, coleguinha: “Uma dupla de sertanejos, evangélicos ou ecológicos. Qualquer uma.”
Tom Zé, compositor: “Já tive uma araponga em casa. Não é possível ouvir aquele passarinho-bigorna mais de alguns segundos. Nos primeiros dez, você acha que dá para ser; dali a 20, você prefere uma surdez imediata.”
Ana Maria Machado, escritora: “Carro de som de vendedor de pamonha e congêneres.”
Zé Eduardo Dutra, ex-senador: “Osvaldo Montenegro.”
Luiz Paulo Horta, crítico de música: “Gente falando no celular nas minhas costas. Prefiro parar e deixar passar.”
Zeca Pagodinho, cantor: “As vozes da minha assessora e da minha empresária falando de trabalho quando estou descansando em Xerém.”
Diogo Nogueira, cantor: “Chato demais é ligar para uma empresa para cancelar um serviço e ficar ouvindo aquela musiquinha de espera, que parece não ter fim. Acho que eles põem de propósito para você desistir de reclamar.”
Eduardo Eugênio, empresário: “Lula, por seu péssimo exemplo no trato com os corruptos e corruptores.”
Beth Carvalho, cantora: “É difícil aguentar os alto-falantes desregulados dentro dos aviões, altíssimos.”
José Murilo de Carvalho, historiador: “Galvão Bueno.”
Lobão, roqueiro: “Biafra? Para mim, é uma região paupérrima. Não conheço. Mas eu não escutaria 99% das pessoas que cantam hoje no Brasil. Pega um ‘agrobrega’ desses, que é de imenso mau gosto. Pega um Luan Santana, um Vitor e Marrone, um Juca Mole & Pau Duro.” (Ana Cláudia Guimarães)
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