Servidores vaiam líder do governo e mesa diretora ameaça cumprir regimento e esvaziar galerias

As vaias de um grupo de servidores públicos, sindicalistas, agora nas galerias da Assembleia Legislativa, roubaram a cena do discurso do líder do governo, deputado Getúlio Rego, que repercutia a audiência pública realizada pela manhã, onde o ex-ministro Raul Veloso falou sobre Lei de Responsabilidade Fiscal. Getúlio defendia o governo, impedido de atender reivindicações dos servidores, quando foi vaiado por um grupo uniformizado com camisetas vermelhas. Foi aí que o deputado Vivaldo Costa pediu um aparte e apelou para a Presidência da Casa, lembrando que já presidiu a AL e nunca permitiu vaias nas galerias, como determina o Regimento Interno da Casa. O deputado Getúlio disse não se intimidar com as vaias até porque ali, segundo ele, não estavam os servidores, mas uma "minoria aparelhada de uma classe montada". Presidente da Assembleia, o deputado Ricardo Motta interveio e disse que "o regimento será rigoroso. A galeria édo povo, mas o regimento será seguido. Solicito a compreensão de todos que estão nas galerias e peço que respeitem os deputados", disse o presidente, seguido pelo deputado José Dias que pediu o encerramento da sessão, caso as vaias não fossem encerradas. Oposição ao governo, o deputado petista Fernando Mineiro pegou o microfone para fazer uma reclamação: disse que muitas vezes foi vaiado em plenário e que nunca pediu para encerrar a sessão nem seguir o regimento. "A gente precisa ter o cuidado de não radicslizar com os servidores, basta o que o Executivo está fazendo", encerrou Mineiro. O deputado Getúlio Rego continuou seu discurso e foi mais uma vez aparteado pelo deputado Raimundo Fernandes, que lembrou a Rego que os servidores que estavam ali para lhe vaiar, eram os mesmos que nos anos anteriores vinham à Assembleia para lhe pedir apoio.