Já comentamos aqui como o PSD nasce com DNA essencialmente governista. A novidade, que depõe mais ainda contra a recém-criada legenda, é que seu futuro estatuto terá uma cláusula garantindo que não será exigido na Justiça o mandato dos parlamentares que, no futuro, trocarem a sigla por outra. Não é um simples detalhe.
Contrariando o próprio entendimento do TSE, que estabelece condições específicas para um político trocar de partido e manter seu mandato, a decisão de Gilberto Kassab transforma o PSD num “trampolim” em potencial, dando um caráter imediatista e de curto prazo à agremiação. Com a brecha, muita gente pode entrar hoje no PSD já pensando em sair amanhã sem sofrer nenhuma punição.
Sem identidade ideológica e programática definidas, os “sociais democráticos” gozarão de outro privilégio: segundo informou a senadora Kátia Abreu (ex-DEM-TO) à Folha de São Paulo, o partido não vai fechar questão para votações no Congresso. Com isso, os parlamentares poderão votar livremente, conforme suas opiniões e interesses pessoais. Muito conveniente, mas abre margem para todo tipo de casuísmo. O PSD será o partido do vale-tudo?
Do Observatório DN
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