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terça-feira, 10 de maio de 2011

O tudo ou nada do DEM…

Deu no Blog do Padua Campos

A criação do PSD pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ex-presidente do DEM no Estado, alimentou mais uma promessa de renovação no antigo PFL. Com a nova sigla, o DEM calcula perder cerca de um terço de seus quadros políticos. Num esforço para tentar reverter o encolhimento, líderes do partido preparam uma nova repaginação de olho nas eleições municipais de 2012.

“Depois que perdemos o Colombo (governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo), passamos a régua e viramos a página. Agora, vamos discutir o futuro”, diz o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA). No último dia 2 de maio, Colombo anunciou sua adesão ao PSD. Com isso, o DEM tem agora apenas um Estado sob seu domínio, o Rio Grande do Norte da governadora Rosalba Ciarlini.

Segundo ACM Neto, o DEM pretende renovar, principalmente, sua estratégia de comunicação. “Esta semana, estamos começando uma discussão sobre reposicionamento na comunicação, com renovação de conteúdo e embalagem”, adiantou. O partido deverá realizar uma pesquisa de opinião pública para nortear a nova linha de comunicação.

Negociação nos municípios

Para os líderes do DEM, a forma de enfrentar as perdas é recompor os quadros. Para isso, a cúpula nacional do partido está negociando diretamente com os diretórios municipais e com líderes locais, inclusive de outros partidos. “Em todos os lugares onde perdemos, agora vamos abrir espaço para renovação, até com outros partidos, para serem candidatos a prefeito e vereador”, afirma o deputado.

O partido não descarta a possibilidade de o comando nacional do DEM intervir nos diretórios municipais e estaduais, para conter a migração de filiados e promover a substituição da liderança. O principal exemplo é São Paulo. A sigla no Estado, antes controlada por Kassab, passou por uma intervenção do DEM nacional. Com isso, segundo ACM Neto, quatro dos seis deputados federais e sete dos oito deputados estaduais resistiram ao convite do prefeito.

“Em São Paulo, toda a base está preservada. Foi uma negociação intensa, de 60 dias, que culminou com a indicação do deputado Rodrigo Garcia e a oficialização da nova liderança”, afirmou. Com a migração do vice-governador Guilherme Afif Domingos do DEM para o PSD, Garcia tomou posse da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo. A cerimônia, no último dia 2 de maio, uniu as cúpulas do DEM e do PSDB.

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