Deu no Correio Braziliense
A imagem de que o DEM assistirá impassível à fuga de parlamentares para o PSD, de Gilberto Kassab, não passa de ledo engano, segundo o presidente da sigla, José Agripino (RN).
Até aqui, os atuais dissidentes tiveram os movimentos pautados pela lei, o que dificultaria a ação do antigo PFL.
Mas o senador antecipa que, em caso de fusão futura com outra sigla, seja ela o PMDB ou o PSB, o contra-ataque será rápido.
“Essa é uma infidelidade programada, uma infidelidade anunciada. Se houver a fusão, não tenha dúvida de que cobraremos os mandatos, um a um”, ameaça.
Em entrevista ao Correio, o senador afirma que o partido perdeu a guerra da comunicação em momentos-chaves da recente democracia brasileira e, por isso, tem de lutar contra a pecha de ser a legenda herdeira da Arena, esteio da ditadura.
Enquanto isso, a antiga Arena, que virou PDS e hoje é PP, se embala no colo governista.
Desde que assumiu um partido rachado entre duas tendências, de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Jorge Bornhausen (DEM-SC), Agripino trabalha para unir “óleo e água”.
Perdeu a batalha pela permanência da senadora Kátia Abreu (TO) e dos deputados federais Eleuses Paiva (SP) e Guilherme Campos (SP), além do candidato à Vice-Presidência no ano passado, Índio da Costa. Ainda assim, entende que evitou uma sangria maior.
Agora, pretende promover a massificação do partido, de olho nas eleições municipais de 2012 e na recuperação do poder de fogo de um partido que, há dez anos, tinha pouco mais de uma centena de deputados e deve fechar o ano reduzido a 40.
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