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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Coube a José Agripino Maia (DEM-RN) a autoria da emenda que eleva o mínimo dos R$ 545 ofertados pelo governo


Na novela de constrastes em que se converteu a votação do salário mínimo, o anacrônico virou moderno. E vice-versa.

Nesta quarta (23), a platéia será submetida ao penúltimo capítulo (o último esta reservado ao STF).

Reforçado pelos agregados, o petismo vai ao plenário aferrado ao discurso da responsabilidade fiscal, que outrora desprezava.

DEM e PSDB farão a defesa das teses das centrais sindicais, antes amparadas pelo ex-PT.

Coube a José Agripino Maia (DEM-RN) a autoria da emenda que eleva o mínimo dos R$ 545 ofertados pelo governo para os R$ 560 almejados pelas centrais.

Em reunião com duas dezenas de senadores governistas, o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, proveu-lhes munição.

Disse que, elevando-se o mínimo a R$ 560, a Viúva teria de amargar gasto extra de R$ 3,5 bilhões. Algo que não orna com a política de arcas austeras.

Prevenido, Agripino mandou levantar o dispêndio do governo com os juros. Esgrimirá as cifras da tribuna do Senado.

Munido de cálculos preliminares, Agripino dizia, na véspera da votação:

Cada vez que o Copom eleva os juros em 0,25%, o custo da rolagem da dívida pública cresce algo como R$ 4 bilhões. Cobre os R$ 560 e sobra dinheiro.

O líder ‘demo’ dirá que, sob Dilma, o governo privilegia banqueiros e rentistas em detrimento do trabalhador de salário mínimo.

O jogo do Senado está jogado. O mínimo do Planalto prevalecerá com folga máxima.

Nunca na história desse país, porém, uma partida definida de véspera ofereceu às arquibancadas a perspectiva de tamanha diversão.

Um marciano que descesse no Senado na noite desta quarta ficaria confuso. Seria tomado pela sensação de que a loucura tem razões que a sensatez desconhece.

Do blog do Josias

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