PORTO ALEGRE - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta quarta-feira, 13, que não seguirá a "rota de truculência" da sua rival Dilma Rousseff (PT) na campanha eleitoral.
"Meu tom (na campanha) será o de sempre. Se o outro lado elevar o tom, o máximo que farei é me defender e apontar as inverdades e falsidades", disse Serra a jornalistas durante visita a Porto Alegre.
No debate de domingo na TV Bandeirantes, Dilma adotou uma postura mais agressiva, diferente da posição defensiva empregada no primeiro turno. Desde então, acusa Serra por uma alegada "rede de boatos e intrigas" contra ela.
Serra também comentou sobre as denúncias envolvendo Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e acusado pelo desvio de 4 milhões de reais da campanha do candidato.
Primeiro, limitou-se a dizer que o assunto "é uma pauta petista". Mais tarde, negou o desaparecimento da verba.
"Não houve desvio de dinheiro na minha campanha. A Dilma está preocupada com desvio de dinheiro na minha campanha que não aconteceu. Eu estou preocupado com o desvio de dinheiro na Casa Civil", afirmou, referindo-se às denúncias de tráfico de influência que derrubaram Erenice Guerra, ex-braço-direito de Dilma, da chefia do ministério.
Serra tenta recuperar a desvantagem no primeiro turno no Rio Grande do Sul, único Estado vencido por Dilma na região Sul e que elegeu o petista Tarso Genro como governador.
Ele afirmou que não tratará a oposição como "inimiga", referindo-se ao governador eleito, e anunciou compromissos de obras como a construção de uma ponte e do metrô na capital gaúcha, além de melhorias em rodovias federais.
Em discurso, disse que não compõe suas equipes por critérios políticos, mas por competência. "Escolho boas equipes, tenho dedo bom para escolher", disse.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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