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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os partidos e a geografia do voto



A onda governista registrada nas disputas pelo Senado também se repete nas eleições de governadores.

Entre os 22 favoritos na corrida pelas 27 cadeiras, há 15 candidatos a governador que são abertamente a favor de Dilma Rousseff, a postulante do PT a presidente. Sete são a favor de José Serra, do PSDB.

Apesar da ampla vantagem dilmista entre os favoritos nas disputas estaduais, o que se observa a menos de 20 dias da eleição é um quadro de estabilidade na divisão partidária dos cargos.

Nenhum partido emergirá em 2011 como hegemônico em termos de governos estaduais, embora exista uma tendência de aumento moderado nas siglas pró-Planalto. Hoje, por exemplo, o PT tem quatro Estados. Se confirmar as pesquisas, poderá chegar a seis no ano que vem.

Como há chance real de o PT vencer no RS, a sigla de Luiz Inácio Lula da Silva agregará também um número significativamente maior de eleitores sob seu comando. Hoje, são 16,2 milhões.

Se ganhar onde tem candidatos isolados em primeiro lugar, a agremiação comandará 21,4 milhões de eleitores a partir de 2011.

No caso do PSDB há ainda algumas dúvidas sobre o desempenho final da sigla, sobretudo pela situação de Minas Gerais.

Os tucanos têm um candidato em ascensão nessa disputa, Antonio Anastasia, mas não está segura a possibilidade de vitória -o nome do PMDB, Hélio Costa, segue com alta taxa de intenção de votos, segundo o Datafolha.

No momento, o PSDB tem seis governadores e comanda um massa de 59,8 milhões de eleitores, sobretudo por causa de Estados numerosos como SP, MG e RS.

Entre os gaúchos, a chance de reeleição de Yeda Crusius é diminuta. Só mesmo a eleição paulista parece mais certa nessas três localidades.

Quando se consideram os quatro candidatos do PSDB que estão em primeiro lugar isolados, além da margem de erro, o partido poderá sair com mais certeza desta eleição com os governos de SP, PA, GO e RR.

Por causa do eleitorado paulista, só essas quatro vitórias já dariam à agremiação 39,4 milhões de eleitores sob seu comando.

O PMDB, há muitos anos o campeão em número de governadores, hoje tem 9 Estados.

Mas nas pesquisas aparecem, pelo menos por enquanto, só cinco peemedebistas isolados em primeiro lugar. Isso daria ao partido 22,5 milhões de eleitores.

O DEM continua em situação delicada, mas pode sair da eleição melhor do que entrou.

Hoje, não tem nenhum governador. Nas pesquisas, há candidatos demistas em primeiro lugar isolados em SC e no RN.

Se confirmar esse favoritismo, comandará 6,8 milhões de eleitores.

Entre os partidos de menor porte, chama a atenção o PSB.

Ele tem quatro Estados e deve manter o número. Essas localidades têm 16,9 milhões de eleitores.

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