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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Em Belo Horizonte, Serra e Aécio animam marcha das mulheres e a militancia

Juntos em Belo Horizonte na manhã deste sábado, José Serra e Aécio Neves - candidato a senador por Minas Gerais, deram o “start” da marcha em defesa dos direitos das mulheres. De acordo com o coordenador de Mobilização e Eventos da campanha de José Serra, Caio Carvalho, esta marcha, que rendeu homenagens à Monica Serra - esposa do presidenciável, percorrerá todo o Brasil.

Em BH, Serra e Aécio também protagonizaram a maior manifestação de rua realizada no Estado. Eles “pintaram” simbolicamente três modernos murais de campanha feitos por renomados artistas plásticos mineiros e reuniram uma multidão no comitê Amigos do Anastasia, candidato a governador da coligação “Somos Minas Gerais”, organizado por voluntários.

Os três candidatos tiveram trabalho para distribuir o farto material de campanha para cerca de 500 mineiros que eles “incendiaram” em dois momentos: com o chamamento de Aécio, que instigou “a galera” a “botar o bloco na rua e ligar para quem conhece em busca do voto” e o segundo foi puxado pelo Serra, que “arrancou brados” ao afirmar que nessa campanha está com quatro vezes mais energia para ganhar as eleições, como nunca esteve, e que rompeu os próprios paradigmas de funcionamento.

“Sempre fui pessimista no diagnóstico e otimista na ação. Agora estou otimista em ambos”.

Observando a animação da militância nesse momento, o locutor do evento alardeou no microfone que não adiantam as falsas intrigas dos adversários, porque material sobre a experiência de Serra, Aécio e Anastasia é o que não falta, “vamos distribuir por todas as montanhas de Minas Gerais”.

Ao deixar Belo Horizonte, num belo dia de sol, Serra que esteve o tempo todo muito descontraído e se definiu como “o mais mineiro dos paulistas”, observou mais uma vez um dos três murais que agora estampam na capital mineira a sua imagem ao lado de Aécio, Anastasia e dos dois candidatos ao Senado pela coligação Somos Minas Gerais. Nele os artistas escreveram o recado para o povo do seu Estado, que tão bem sintetiza o povo brasileiro: “Serras de Minas: do Curral, da Mantiqueira. Agora é a hora e a vez do Serra do Brasil”. Neste domingo, dia dos pais, Serra deve almoçar com a família em sua casa em São Paulo.

Serra diz que Dilma precisa visitar os programas de saúde de SP

Após reafirmar seus compromissos com a saúde da mulher durante a Marcha das Mulheres, José Serra afirmou ter ficado surpreso com a candidata do PT, por ela ter apresentado, no debate da Band, programas seus como se fossem novidade dela. “Fiz, em São Paulo, como prefeito, grandes Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs). Fiz umas 30 e até o final do ano São Paulo terá 40. No debate, a Dilma propôs policlínicas, depois de oito anos no poder. E podia visitar São Paulo, para ficar mais segura a esse respeito”, observou Serra.

O candidato a presidente da coligação “O Brasil Pode Mais” acrescentou que chega a ser surreal a Dilma dizer agora que vai fazer Upas (Unidades de Pronto Atendimento) no País. “Quem criou as Upas no Brasil fui eu, quando era prefeito de São Paulo. Fiz 30. Hoje São Paulo deve já está com 112 Upas”, salientou. Serra frisou que, baseado na sua experiência em São Paulo, Sérgio Cabral - governador do Rio de Janeiro, cujo governo começou em 2007, implantou Upas no Rio. “Agora, segundo a Dilma, o Governo Federal quer transformar as Upas em um programa federal. Tudo bem, mas o que não dá é mudar o nome dos programas que são nossos e ainda apresentar como se fosse uma inovação, sem dar o crédito a quem tem experiência e conhece do assunto, porque efetivamente eu fiz”, afirmou.

José Serra sorriu ao comentar que a candidata do PT agora também copiou outra plataforma sua e apresenta como sendo dela. “Nós estamos propondo fazer no Brasil o programa Mãe Brasileira, porque já fizemos o Mãe Paulistana em São Paulo, após conhecer o Mãe Curitibana, que o Beto Richa criou na capital paranaense. Agora a Dilma, depois de oito anos no governo, improvisou um tal de Mãe Cegonha no debate da Band”, comentou. Em seguida, Serra complementou: “Mas nossa proposta tem consistência porque já fizemos em São Paulo”. O Mãe Brasileira consiste na garantia de toda mulher grávida brasileira ter direito a acompanhamento médico do início ao pós-parto, com a realização dos seis exames pré-natais e ainda o ganho de um enxoval em se tratando de famílias mais necessitadas.

Serra cobra posição firme da Dilma e do PT contra apredejamento de iraniana

José Serra condenou de forma veemente a amizade e maneira “carinhosa” como o governo do PT e sua candidata Dilma Roussef se referem ao Irã. Serra disse ser contraditório o PT criar uma secretaria da mulher com status de Ministério e depois se omitir quanto à condenação à morte da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani. “Simplesmente não combina esse carinho do PT com uma ditadura que enterra uma mulher até cintura e apedreja essa mulher, sob a acusação de que, depois de viúva, ela teve dois namorados. Só por causa disso o Irã quer que ela morra sob a pior tortura que já tomei conhecimento: enterrada e apedrejada”, observou.

Serra fez questão de enfatizar que, quando for eleito presidente, vai representar o Brasil em todos os fóruns internacionais contra tamanha violação aos direitos humanos.

“O Brasil tem que ter uma posição firme contra a condenação dessa mulher e essa tortura, que nem remotamente é justificável.”

Na visão de Serra, um país democrático e com a tradição do Brasil não pode virar as costas para o horror vivenciado por Sakineh. Ele citou que os 14 anos de exílio lhe ensinaram a não titubear nas grandes questões internacionais.

“É dessas lutas que uma nação evolui. Não fica bem bajular governos ditadores, como o Ahmdinejad no Irã, onde mata-se uma mulher enterrada e apedrejada; prende-se jornalistas por no mínimo 16 anos e enforca-se opositores só pelo fato de pensarem diferente”, repudiou. E assegurou: “No meu Governo, nós vamos rejeitar isso”. A luta de Serra em favor dos direitos das mulheres é antiga. Ele lembrou que no Governo Franco Montoro, em São Paulo, enquanto secretário do Planejamento, ajudou a criar a primeira Delegacia da Mulher no Brasil. “Temos uma tradição nessa luta”, reiterou.

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